terça-feira, 1 de novembro de 2011

Músicos ganham espaço nos bares de Gravatá

Deyvid Rodrigo tocando cajón

Depois de enfrentar uma longa semana de trabalho, nada melhor do que reunir a galera num barzinho da esquina para descontrair, tomar aquela cervejinha e ouvir um som de qualidade.
A procura por música ao vivo em barzinho tem crescido muito nos últimos anos, dos botecos aos bares sofisticados, dos boêmios aos comportados, não importa. O fato de apresentar músicos e bandas se tornou um diferencial no cardápio dos barzinhos e fruto de interesse do público.

Para se apresentar em barzinho, não precisa ser profissional, basta ter um bom repertório e saber cantar e/ou tocar algum instrumento. O bar exige muitos improvisos e uma boa interação com instrumentos e o público, o que representa uma ótima oportunidade para profissionalizar alguns músicos.
Muitos tocam apenas por brincadeira, para se divertir com os amigos, como nos conta Deyvid Rodrigo; músico há seis anos:  “fui convidado pra substituir um músico que não estava dando rendimento. Eu comecei como brincadeira, o dono do bar falou que pagaria pouco e eu tocava por diversão”.
As apresentações, além de se tornarem mais uma opção de trabalho para aqueles que dividem seu tempo com ensaios e dando aulas de música, também abrem as portas para o surgimento de novas oportunidades, Deyvid Rodrigo que começou como brincadeira, hoje já recebe convites para se apresentar em festas de casamento e aniversário. Ele explica também que mesmo tocando música dos outros, ele e sua banda nunca deixam de dar uma identidade e característica própria as canções.
Você pode pensar que essa é a melhor profissão do mundo, trabalhar tocando música e se divertindo; mas não é bem assim que tudo acontece. Mais do que saber improvisar e ter um repertório infinito, os músicos precisam ter “uma paciência de Jó”. Além de alguns músicos serem mal pagos e não terem seu trabalho devidamente reconhecido. Eles devem aturar clientes inconvenientes, que geralmente beberam mais do que deviam.
            Nos barzinhos, você sempre poderá pedir aquela canção favorita de Raul Seixas, Lulu Santos, Nando Reis, não importa. Se o músico conhecê-la, ele terá o prazer de atender o seu pedido e te fará embalar no ritmo da melodia, acompanhado com brados e aplausos. Como diz Oswaldo Montenegro “Os melhores músicos sobem ao palco, os melhores músicos tocam um bar”. Os músicos que tocam em bar precisam de todo um jogo de cintura, pois a música dita o ritmo da noite, cria todo um clima, faz com que as pessoas interajam entre si e "puxem papo" umas com as outras.

Como tudo começou?
A história da música, nos bares, não é recente, tudo começou nos anos 60. No auge da MPB, o violão se tornou o instrumento característico do gênero e o barzinho passou a ser o palco onde músicos deste estilo buscavam o primeiro contato com o público.  A cantora Ana Carolina sempre costuma dizer em entrevistas que seu início de carreira tocando em barzinhos foi crucial tanto para montar seu conjunto artístico como para ser reconhecida publicamente, e hoje as músicas dela são umas das mais pedidas nos momentos voz e violão da noite. Esse estilo de começar a carreira se propaga até hoje; como o exemplo da cantora Maria Gadú, que cantava em bares do Rio de Janeiro e seu talento chamou atenção dos produtores musicais que hoje a colocaram nas paradas de sucesso nacional.
Hoje, não se tem idéia da quantidade de bares com música ao vivo espalhados por todo o país.

3 comentários:

  1. Amo Gravatá! Realmente os Barzinhos são demais! E claro, com músicas ao vivo é perfeito para encerrar a semana com amigos, famíliares...

    \o/

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  2. e com guinomo tocando cajón o som fik perfeito! ;)

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