terça-feira, 19 de março de 2013

Programe-se para a Semana Santa


Entre os dias 22 e 30 de março, todas as atenções se voltam a Nova Jerusalém, no município do Brejo da Madre de Deus, Agreste pernambuco, a 180 km do Recife. É durante o período da Semana Santa que o maior teatro ao ar livre do mundo, fincado no distrito de Fazenda Nova, reúne milhares de fiéis (e curiosos) para celebrar em um misto de cristianismo e artes cênicas. A Paixão de Cristo de Nova Jerusalém promete não decepcionar turistas que vierem conferir a sua versão 2013. Em um intervalo de nove dias, estima-se que 70 mil pessoas assistam ao espetáculo sobre a morte e a ressurreição de Jesus Cristo.
Como novidade, os equipamentos com áudio em inglês têm a missão de incluir estrangeiros na plateia da encenação. Mais uma vez, deficientes visuais e auditivos também serão contemplados com infraestrutura adequada. Com ingressos variando entre R$ 30 e R$ 90, à venda no www.novajerusalem.com.br, as apresentações da Paixão de Cristo acontecem, sempre, a partir das 18h. No elenco deste ano, Marcos Pasquim vive o Rei Herodes; Carol Castro, Maria Madalena; Carlos Casagrande, Pilatos; e os pernambucanos Luciana Lyra e José Barbosa interpretam Maria e Jesus, respectivamente.

Ao turista, existe a opção de se hospedar na Pousada da Paixão, localizada em Nova Jerusalém. São 42 apartamentos e áreas de lazer, denominadas Arena dos Gladiadores (com campo de esportes e recreação), Arena dos Leões (estacionamento interno), Arena dos Centuriões (salão de jogos) e Termas de Herodes (piscina, sauna e área de massagem). Um dos restaurantes, por exemplo, se chama Santa Ceia. A diária de um quarto duplo pode variar entre R$ 250 e R$ 440, dependendo das instalações e do dia da semana em que o visitante se instala.

Uma vez no Brejo da Madre de Deus, aproveite para conhecer o Parque de Esculturas Monumentais Nilo Coelho. São 37 esculturas de pedra, de três a sete metros de alura, nos 60 hectares do entorno do teatro de Nova Jerusalém. Inaugurado em 1981, o parque tem a intenção de promover a cultura nordestina por meio do trabalho manual de dezenas de artesãos locais. Aberto ao público, diariamente.

Na estrada

No caminho para o Brejo da Madre de Deus, o viajante encontra outros municípios que valem uma parada. Pela BR-232, conhecida como Rodovia Luiz Gonzaga, a 85 km do Recife, Gravatá, referência entre os municípios do interior, sustenta a fama de ser a Suíça do Agreste. Com quase 75 mil habitantes, a cidade mistura a temperatura amena a trilhas, cavalos e fondues. Localizada na Serra das Russas, a altitude de quase 450 metros é o principal atrativo para quem quer fugir do calor do Recife.

Reinaugurado em 2011, o Mercado Público de Gravatá (aberto de terça-feira a domingo, das 6h às 22h) se tornou o novo ponto de encontro da cidade e merece uma visita. Com a fachada pintada de amarelo e tijolos aparentes em seu interior, os boxes oferecem queijos, doces, cachaças e objetos artesanais. Objetos esses que são maioria no Polo Moveleiro, ou Rua dos Móveis, no centrinho do município. Além de peças decorativas, o cliente encontra uma variedade de mobiliário em madeira.
Para experimentar da gastronomia regional, vá ao restaurante Charque da Dona Neuza (fone: (81) 3533-1561), em que as carnes são o carro-chefe do cardápio. Se quiser um ambiente mais sofisticado, o Taverna Suíça (fone: (81) 3533-0299) trabalha com fondues, salgados e doces. A sobremesa do Mania Caseira (fone: (81) 3533-1639) é uma especialidade de Gravatá: a famosa cartola, doce com banana frita, fatia generosa de queijo manteiga e açúcar e canela pulverizados, vale as milhares calorias.

Próximos a Gravatá, Bezerros e Serra Negra são duas paradas obrigatórias. Peças de 220 artesãos de 29 municípios o esperam no Centro de Artesanato de Pernambuco (fone: (81) 3728-6650), na sede de Bezerros. A visita é imperdível por expor a diversidade de trabalhos manuais em barro, madeira, fibra, tecido e por aí vai. Logo na entrada, 300 máscaras de papangus, símbolo do carnaval local, recepcionam quem chega. Destacam-se, ainda, as xilogravuras de J. Borges, os motivos de Mestre Luiz Galdino e os bonecos de Manuel Eudócio.

Depois, siga em direção ao Polo Cultural de Serra Negra, ladeado pelo Anfiteatro a céu aberto, e tenha um aperitivo da paisagem de quem explora a região a pé. Para se sentir pequeno diante da imensidão do Agreste, caminhe até o Mirante da Antena, em Serra Negra. Do ponto mais alto do distrito, a Igreja de São Francisco Xavier, lá embaixo, consegue se fazer notar entre um rochedo e outro.

Ainda em Gravatá, a festividade da Semana Santa será dual: de um lado, a encenação da Paixão e Morte de Jesus, realizada pelo Instituto Cultural Terra Agreste (Teatro Amador de Gravatá), que acontece nos dias 28, 29 e 30 de março, às 21h, com acesso gratuito (fone: (81) 3563-9059); do outro, a festa profana reúne Asa de Águia, Musa do Calypso, Garota Safada, Sorriso Maroto e Gabriel Diniz no sábado (30), a partir das 23h, por R$ 40 (pista), R$ 80 (área VIP) e R$ 120 (camarote com shows exclusivos), na Villa da Serra.

Na capital


No Recife, o feriado da Sexta-feira da Paixão costuma atrair turistas. Quem preferir passear pela capital a pegar a estrada em direção ao interior, também terá a chance de conferir a história de Jesus Cristo na Praça do Marco Zero, no Bairro do Recife, área central da cidade. A 17ª Paixão de Cristo do Recife, tem adaptação e direção de José Pimentel, que ainda protagoniza o espetáculo.

Nos dias 27, 28, 29, 30 e 31 de março, a partir das 20h e com acesso gratuito, acontecem as apresentações. Neste ano, novas dublagens para os 100 atores e 300 figurantes em cena. No elenco, Angélica Zenith, Gabriela Quental, Reinaldo de Oliveira, Ivo Barreto e Pedro Francisco de Souza. Serão três estruturas de 20 metros de comprimento por 14 metros de largura, transformadas em nove palcos, cenografados por Octávio Catanho.
Ainda no Marco Zero, não faltam opções para o turista se entreter. Na mesma Praça, a versão recifense do Centro de Artesanato de Pernambuco, inaugurado em setembro de 2012, é a maior vitrine do artesanato pernambucano na capital. Para ficar impecável, foram investidos R$ 6,5 milhões. O espaço de 2.511 m² deu nova funcionalidade ao antigo Armazém 11. No local, funciona, ainda, o Bistrô e Boteco (fone: (81) 3224-4992), aberto diariamente, a partir das 11h30.
Além disso, onze novas embarcações atracadas no píer do Marco Zero recebem o turista para fazer a travessia até o Parque de Esculturas Francisco Brennand. O trajeto leva menos de cinco minutos. Por ele, é cobrado R$ 2,50 para ir e R$ 2,50 para voltar. Com novos motores, coletes salva-vidas e toldo de proteção solar, os barcos foram recém-entregues à população pelo secretário de Turismo do Recife, Felipe Carreras.
Em frente à Praça, o Caixa Cultural é um centro expositivo com área total de 2.650 m², que conta também com um cine-teatro. Na programação, exposições de artes visuais, shows de pequeno porte e apresentações teatrais. A edificação, antigo prédio da Bolsa de Valores de Pernambuco e Paraíba, é tombada pelo Patrimônio Nacional desde 1998. Ou seja, além do consumo de arte, vale pela contemplação do conjunto arquitetônico.

Fonte: Pernambuco.com

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